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Lançamento do FSB

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Geral do FSB2011: Domingo

Foto: Arthur Garcia
Por Ana Paula Marques, Bianca Brito, Murillo Nonato e Thaís Pimenta

A última noite do Festival Suíça Bahiana foi de muito rock. Na arena via-se um mar negro. Há muito tempo não se via essa galera, órfã dos shows no Centro de Cultura, reunida. Os punks e headbangers da cidade vieram em peso prestigiar as apresentações das bandas Facada, Distintivo Blue, Clamus, Clube de Patifes, Rinoceronte, Cama de Jornal, Hillbilly Rawhide, Maldita e Ratos de Porão.
Quando a Hillbilly Rawhide subiu ao palco, o country rock tomou conta do clube. Quem não se sentiu num daqueles filmes de faroeste? Transbordando irreverência e dotados de um estilo único, o grupo paranaense, que também propõe o resgate do rockabilly, divertiu o público que dançou do início ao fim do show.
A banda carioca de metal industrial Maldita foi uma das últimas atrações que tocou no Suíça Bahiana. Letras que falam de religião, dor, morte e sexo, além de máscaras e performances, marcaram um dos shows mais esperados da noite. Macabro! (Confira a entrevista do Maldita aqui).
Com uma lata de cerveja na mão e a irreverência a qual já estamos acostumados, o vocalista da Cama de Jornal divertiu a galera durante toda a apresentação da banda no FSB. Na cara-de-pau  chegaram até a convidar o João Gordo para fazerem uma participação no show, mas não deu muito  certo.” Okay, mas eu quero tirar uma foto com o João Gordo, já estou avisando a produção.Se não me deixarem tirar a foto eu vou fazer confusão nesse backstage”, brincava Nem. O vocalista lembrou ainda que há 10 anos atrás estavam ensaiando no fundo do quintal de um amigo e ressaltou a importância  para  eles de estarem tocando em um festival como o que foi promovido pelo Suíça Bahiana nesse final de semana. O repertório não teve novidades, cantaram seus maiores sucessos, que foram acompanhados em coro pela plateia. A surpresa ficou reservada para a música “Esgoto ou Lama”, em que um boneco com mais de dois metros de altura feito de sucata percorreu o espaço e dançou junto com os fãs.
A atração mais esperada da noite era certamente os Ratos de Porão, encabeçada por João Gordo, figura clássica no rock brasileiro, famoso por se envolver em polêmicas e  por seu temperamento difícil. O show dos caras aqui em Vitória da Conquista vai ficar para a história. No meio da apresentação o guitarrista e vocal da banda, o Jão, foi atingido por uma pedra que veio da platéia. Revoltado, o roqueiro pegou o microfone e deu um esporro no agressor. Em meio às palavras torpes, acabou sobrando até para a mãe do cara. Apesar de reclamar de dores, Jão decidiu continuar o show. Então, em homenagem, como diria João Gordo, ao filho da puta que jogou a pedra no guitarrista, a banda cantou “Crocodilo” para dar seguimento ao festival. “No setlist ainda constaram “Crucificados pelo Sistema”, “Beber até Morrer”, “AIDS, Pop, Repressão”, entre outras

O Rebucetê entrevista Nevilton!

Por Bianca Brito e Ana Paula (via O Rebucetê)


Nevilton foi a terceira atração a se apresentar na noite de sexta do Festival Suíça Bahiana. Com muita energia no palco, o Power Trio de Umuarama, Paraná, formado por Nevilton, Tiago Lobão e Flipi Stipp, fez um show super animado e mostrou o que é um verdadeiro rock brasileiro.
O vocalista e responsável pelo nome da banda, Nevilton, conversou com o Rebucetê. Take a look no que foi dito.


Rebucetê: A Nevilton esteve aqui em Vitória da Conquista ano passado, e se apresentou no Teatro Carlos Jehovah, causando uma ótima impressão no público. O público conquistense deixou impressão semelhante?
Nevilton: Com certeza. Nossa primeira ocasião aqui foi muito gostosa. Na verdade foi tão corrido quanto hoje, a gente chegou e já foi passar som e tal. Foi uma super correria, mas o show daquele dia foi num ambiente que era tipo uma arena. O Teatro Carlos Jehovah é incrível pra um show assim, é super dinâmico.  Todo mundo pôde participar e mesmo com pouca gente, já dá uma sensação super confortável, todo mundo super envolvido, sabe? Eu lembro que foi uma galera muito legal, as impressões foram boas, todo mundo dançando e eu dançando no meio da galera. Só não lembro se eu tirei a roupa, mas dava pra ter tirado de tão feliz que eu estava. (risos)

R: Esse ano a Nevilton venceu a categoria Experimente do Prêmio Multishow 2011, lançou  o disco “De verdade”, abriu shows importantes, ente outras coisas. Fale um pouco como foi 2011 pra banda.
N: Desde que a gente entrou em turnê, estávamos lançando o Pressuposto, então o disco com cinco músicas foi um termômetro pra gente saber o quê rolava, o quê não rolava, o que era legal. A gente aprendeu muito nesse caminho até o que tá rolando hoje. Aconteceram muitas, muitas coisas. Shows que eram menores, outros maiores. A gente passou por muitas situações. Abrimos o show do Green Day, foi uma grande experiência pra nós. Nessa mesma época, a gente foi convidado também pra tocar na festa da Rolling Stone, junto com Erasmo Carlos, que é um grande ídolo. Então muitas coisas boas aconteceram, graças a Deus e graças a muito trabalho, muita seriedade, sabe?

R: A banda se coloca no gênero rock brasileiro. O que é o rock brasileiro da Nevilton?
N: Acho que o rock brasileiro é uma grande mistura, uma grande síntese, é algo tão rico quanto o próprio brasileiro. O que somos nós, brasileiros, cara? Uma grande mistura de muita coisa que constitui a nossa hitória e só os genes mais legais é que estão mantendo isso, né? O rock brasileiro é isso, é não querer se prender a um ‘rockão’ clássico do Led Zepelin. A gente ama Led Zeppelin, mas isso faz parte de outro setor, a gente comeu com farinha isso daí, e é o Luiz Gonzaga também nessas paradas, é o Raul Seixas...

R: Por onde se anda fazendo um bom rock brasileiro?
N: Eu acho que tem muitas bandas fazendo um som mais pessoal, autêntico, que parece com o que eles são. Eu acho que é isso daí, isso é o rock brasileiro. Autenticidade de um brasileiro.

Emicida fala ao Rebucetê

Por Rafael Flores e Bia

Ontem foi o dia do hip hop, bebê. Os “mano” Marechal (RJ) e Rashid(SP) acompanharam a soteropolitana Versus 2 em um incrível encontro de MC`s.  No entanto a expectativa maior da noite girava em torno de Emicida, o artista do ano pelo VMB 2011. O paulista relembrou algumas músicas do rap nacional e jogou com muita segurança suas poderosas rimas.

Batemos um papo com o Emicida no camarim, logo depois do show. Enquanto limpava as lentes de seu óculos, o rapper nos respondeu de forma simpática e descontraída todas as perguntas.


O Rebucetê: Essa sua camisa do Charlie Brown é massa.

Emicida: Curtiu?

O Rebucetê: Demais, adoro o Charlie Brown.

Emicida: Pow, eu vi lá na loja, falei: vou catar essa porra! É de nerd também, né?

O Rebucetê: Quando entramos ouvi você dizendo que queria jogar Mário. Já vi que você gosta de video game. E aí tá jogando o quê?

E: Mário 64.

R: É? Um clássico!

E: É, tá rolando o DS.

R: Massa. E aí já pegou quantas estrelinhas?

E: Peguei porra nenhuma.Já tomei a maior surra na primeira. Não houve progresso, não vou mentir pra você.

R: Então, vamo partir pro que interessa, né? (risos) Geralmente os artistas utilizam do contexto em que estão inseridos para construir suas letras.  No hip hop é fácil entender a conjuntura em que aquilo foi produzido. Qual a história que o Emicida está escrevendo?

E: Ah, te  falar bem a real. Nem sei direito onde comecou nem onde vai terminar, tá ligado?. A gente tá vivendo o meio da parada aqui agora e o que eu posso te dizer é que acho que quem me influenciou a fazer música ela tinha um propósito maior do que a música propriamente dita como um entretenimento vazio, sabe?. Você pode fazer esse pessoal dançar, mas com um motivo, uma razão, não é só “rebola”. E essas pessoas que me influenciaram, desde Racionais a Leci Brandão, de Pinxinguinha a Cartola e Rapin Hood, me “ensinou” que a minha música tinha que falar com as pessoas, sabe? Eu to lendo um livro da vida do Nelson Mandela e ele fala uma parada muito louca, que você só pode falar de uma história quando ela acaba, tá ligado? Você não sabe se foi gloriosa ou não. Então eu tô nesse pensamento agora também. Depois que eu for embora as pessoas que falem, tá ligado?


R: Na música independente é extremamente necessário que você tenha parcerias, amigos e tal. Como essa galera te influenciou na construção do trabalho?

E: Na verdade, não necessariamente amigos, ás vezes a amizade é até um empecilho, por que você cria uma relacão pessoal onde na verdade deveria ser alguma coisa extremamente profissional. E aí a coisa não anda tão bem quanto deveria. Tem várias história de desencontro de coisa nesse tipo, o que a gente tem aqui. A gente tem uma gravadora chamada Laboratório Fantasma e é a maneira que a gente tem pra trabalhar, e a gente é tudo amigo, só que a gente sabe que a gente tá num emprego. É a mesma coisa que trabalhar no Mc Donald, a diferença é que a gente não faz hamburguer

Foto: Rafael Flores

R: E as novas parcerias, esse ano teve clipe com o Skank, Rock in Rio com o Martinho da Vila. Como foi 2011 pro Emicida?

E: Cara, desde 2006 que as pessoas começaram a ouvir falar de mim, eu criei um bagulho, uma meta pessoal. Não sou muito de ter uma meta na vida, não, tipo:  “ah eu vou cantar no rock in rio”, sabe? É uma coisa que aconteceu no meio do caminho. Não foi uma parada que eu me preparei  a vida inteira. E isso aí foi acontecendo, eu nem sei onde vou chegar. Mas eu sempre gosto de a cada ano que passa, pow, no ano seguinte eu quero fazer o dobro do que eu fiz e até entao tem sido assim, de 2006 até 2011, cara, tipo eu tô numa crescente assustadora. Assim, nos últimos cinco anos eu saí das batalhas de rua , dos eventos de quebrada mesmo. Não que eu desmereça isso, acho do caralho, gosto de fazer, faco sempre que der, isso aqui é um evento do caralho, é um evento menor, mas que você dialoga mais diretamente com as pesssoas, eu gosto de estar mais perto das pessoas, tá ligado? E eu esqueci a pergunta (risos)



R: Dessa nova galera que você entrou em contato, o Skank, o Martinho da Vila, teve o NxZero também...

E: Porra, Mano, a galera fala muito mal de música brasileira. Principalmente do mainstream brasileiro, saca? Eu não compactuo muito com essa idéia não, tá ligado? Gostei muito de cantar com o Skank, com o Martinho da Vila. Eua credito nisso, tá ligado? Como se os norte-americanos tivessem uma originalidade que a gente não tem, e pelo contrário tem um monte de coisa legal por aqui. Sou realmente muito fã do Skank. E tenho mó orgulho de ter feito a parada com o Nx, nós ficamo amigo pra caralho e pra mim foi foda, tá ligado? Meu bagulho é fazer música, não tô muito me importando com o que as pessoas vão pensar, saca?.

R: Na música “Num é só ver” você canta: “não é só ver e julgar, tem que ser, pra misturar”. Como isso se encaixa na atual fase do seu trabalho?


E: Acho que nos dias de hoje, não é só ver as ilusão que as pessoas tem, tá ligado? Tem várias ilusão em volta do rap, do hip hop. As pessoas acham que o podium é o final da batalha, e não é, as pessoas tem que observar a batalha com um todo pra poder entender nosso trabalho.

Geral do FSB2011: Sábado

Ladrões de Vinil
Por Ana Paula Marques, Thaís Pimenta, Rafael Flores e Murillo Nonato (Via O Rebucetê)

A noite de sábado do Festival Suíça Bahiana, foi pensada para fazer o público se balançar. Ritmos dançantes tomaram conta  do clube D’waler com as bandas Randômicos, Versu2, Talma & Gadelha, Suinga, Pirigulino Babilake, Canastra, Ladrões de Vinil e Emicida.
Com letras e rimas que transmitem mensagens de amor, paz e conhecimento, o grupo de rap Versu2 , tocou ainda no início da noite. Trazendo elementos cheios de swing, eles mostraram a inovação do hip hop baiano.  O show contou com a participação dos MC’s Marechal e Rashid. Juntos reafirmaram a apoteose do rap no cenário musical brasileiro.
A banda potiguar Talma & Gadelha entrou no palco tocando o seu rock simples, dançante e com letras fofinhas, que passam por todas as fases do amor, contagiando o público festivalesco.
Uma das atrações mais aguardadas, a banda Suinga, trouxe a baianidade para o palco do Festival. Os hits “Pepeu no Mar”, “Deixa Voar” e “Miniminina” botaram a galera para remexer os quadris e até arriscar passinhos de arrocha. Sem dúvida, um dos momentos mais legais da noite, foi a participação do vocalista Pietro Leal, da também soteropolitana Pirigulino Babilake. Cantando “Sorvete de Cajá”, as duas bandas emendaram os shows. Todos os integrantes da Suinga se deslocaram para o palco da Pirigulino e cantaram juntos antigos sucessos genuinamente baianos, como “Protesto Olodum” e “Alfabeto do Negão”, que também atraiu o rapper baiano Mc Blequimobiu, da Versu2,  de volta ao palco.
Canastra
Emicida
Com roupagem a lá tropical, a Canastra fez a arena suar a camisa. O show muito animado e dançante contou com “Falsas Promessas” como abertura, seguidas de “Motivo de Chacota”, ”Meu Cappuccino” e um cover do rei do rock, Elvis Presley. Ao som da mistura de rock e jazz, a platéia agitada pulava e dançava resgatando o rockabilly, sub-gênero do rock responsável por passinhos de dança famosos nos anos 50. De tão efervescente a apresentação teve espaço até para polêmica. Em uma das músicas, Renatinho, vocalista da banda, convidou os casais à uma competicão de dança. Seria uma perfeita estratégia de interação com os expectadores se não fosse pelo infeliz alerta do frontman: “Para quem não sabe, casal é formado por homem e mulher”. O comentário preconceituoso gerou vaias e descontentamento entre os fãs.

Pra fechar a noite de sábado, foi a vez do rapper Emicida, condecorado como artista do ano pelo Video Music Brasil, prêmio da MTV. As rimas rápidas foram acompanhadas em coro por boa parte do público. Um show sem muita pirotecnia, no palco só estavam ele e o seu DJ. No entanto os clássicos braços movimentando-se na vertical compuseram o ambiente e deram um tom bonito ao espetáculo. Sempre fazendo referências a todos os artistas que o influenciaram, o paulista encantou o público com seu carisma.

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